O fósforo geralmente é um nutriente limitante ao crescimento da flora aquática em reservatórios. A adição de fósforo na água pode torná-la mais fértil para o crescimento de algas e plantas aquáticas. Quando este crescimento da flora aquática se torna excessivo em nossos mananciais, a qualidade da água fica reduzida e seus usos podem ser restringidos em decorrência de um processo conhecido como eutrofização.
Os dados aqui apresentados foram fornecidos pelas redes de monitoramento operadas por órgãos gestores de recursos hídricos das Unidades da Federação (UFs). A quantidade de pontos de monitoramento da qualidade da água nas UFs varia bastante no Brasil. A produção de informações hidrológicas, como as de qualidade da água, é fundamental para a gestão dos recursos hídricos.
A tabela abaixo mostra o número de pontos de monitoramento em cada UF com pelo menos uma observação de fósforo total (PT entre 2010 e 2023.
|
|
|
|
|
Mín. | Quartil 1 | Mediana | Média | Quartil 3 | Máx. |
---|---|---|---|---|---|
0 | 0,03 | 0,07 | 0,26 | 0,18 | 9,9 |
Ao nível das Unidades da Federação, a distribuição espacial dos pontos de monitoramento prioriza os locais de interesse para a gestão da qualidade da água dos rios e lagos. Questões logísticas relacionadas com a coleta de amostras de água também são levadas em consideração pelos operadores das redes para a distribuição dos pontos no território.
O mapa abaixo mostra a localização dos pontos de monitoramento com observações de PT. Ao clicar nos pontos, o mapa interativo traz informações sobre o início e fim da série e o número de observações (n) de PT no período analisado.
A quantidade de observações da concentração de PT depende de quando a coleta de amostras teve início e fim, da frequência das coletas e da continuidade desta atividade. Geralmente, mais observações representam estatísticas mais confiáveis sobre a situação dos trechos monitorados.
Médias das concentrações de PT (mg/L) para os pontos de monitoramento com, pelo menos, 10 observações no período. No mapa abaixo, as cores mais escuras indicam trechos de rios em situação mais crítica em termos de PT.
No mapa abaixo, são apresentados os pontos de monitoramento e respectivas frequências percentuais de desconformidade das concentrações de PT com os padrões de qualidade previstos as respectivas classes de qualidade definidas para o trecho em que se encontra o ponto. As cores mais escuras apontam os trechos onde a concentração de PT fica mais frequentemente em desconformidade com a classe do trecho.
De acordo com os padrões do enquadramento de corpos hídricos, a concentração máxima de PT para águas de classe 1 ou 2 é 0,10 mg/L e para as Classes 3 ou 4 é 0,15 mg/L para rios (ambientes lóticos). Para os ambientes lênticos, como reservatórios e lagos, o limites máximo para a Classe 1 é 0,02; para a Classe 2 é 0,03 mg/L; e para águas de Classe 3 ou 4 é 0,05 mg/L (Res. CONAMA nº 357/2005).
Para esta análise, os padrões de qualidade da classe 2 foram considerados para pontos localizados em trechos não enquadrados por um normativo específico e trechos para os quais não temos informações sobre o enquadramento. Para os trechos enquadrados na classe especial, nos quais devem ser mantidas as condições naturais da qualidade da água, foram considerados os critérios da classe 1.